13 de novembro de 2006

Uma Casa na Escuridão

Uma Casa na Escuridão

Nessa casa escura
Que um dia criaste
Perdi meus pensamentos
E amei tudo o que amaste

Li cada gesto da tua pena
Em cada palavra sonhada
Recriei toda a casa
E nela vivi acordada

Pudesse eu ser construtora
E criava um mundo novo
Repleto de árvores de palavras
Um riacho de sentimento
E uma casa na escuridão
Onde pudesse desfrutar da minha
Solidão!

Escuro

Escuro…
Nada se vê… tudo se ouve

Sons sonâmbulos

Extravasam das raízes das paredes

O mundo dorme.

Rezas lá longe

Ecoam gritos desesperados

De alguém que acredita

Que quando o Mundo acordar

Tudo irá melhorar…

Aqui…

Onde o silêncio impera

Rodeado de todos os silêncios da noite

Estou eu…
Não rezo… apenas choro!
Aqui… neste canto escuro onde me encontro

Ouço o silêncio do Mundo

Que transborda quando dorme.

Escrever


Escrever….
Dizem que não sei escrever
Que sou superficial.
Talvez escrever muito bem, não saiba.
Talvez ordenar as palavras, não saiba.
Mas sei…
Escrever aquilo que sinto,
Sei…
Escrever aquilo que sou
Sei me construir com palavras
Desconstruir-me com as mesmas palavras
Porque a poesia assim mo permite
Quero ser poeta
Quero escrever
Quero mostrar ao mundo
Que sei escrever….
Escrever teorias? Não sei…
Dissertar? Também não…
Mas sei o que escrevo,
Sei porque o escrevo.
E, se o escrevo é porque sinto
Sinto com palavras,
Falo com palavras
Vivo para as palavras e,
Para o que elas significam.
Com palavras rio
Com palavras choro.
Com palavras me entristece
E com elas me comovo.
Sem palavras, reconheço
Que morro.

Silêncio


10 de novembro de 2006

Lema de Vida

Tudo vale a pena quando a alma não é pequena...