31 de janeiro de 2008

Escrevo porque não estou triste!

Hoje escrevo porque não acordei triste e por isso quero escrever.

Tenho vontade de o fazer ainda que tal contrarie tudo o que tenha escrito anteriormente... não sei...

Hoje o sol frio da manha, a luminosidade ofuscante do sol e o silêncio da manhã fizeram com que me debruçasse sobre isso mesmo: a simplicidade de uma manha calma, fria e quieta.

Ainda que no meu pensamento ouça a chuva a cair e o som de um piano que emite o som, lá longe, hoje estou a escrever não porque estou triste mas sim porque não o estou.

Sinto que há algo para além da escuridão que também me faz sentir bem, que também me faz encontrar e revisitar, que também me deixa sonhar, ser aquilo que gosto de ser só para mim... Ser só para mim.

Ainda assim sinto que só a escuridão realmente me compreende, só a chuva me faz arrepiar de sinceridade e só a noite me deixa sozinha... Essa noite deixa-me tão sozinha e isso faz-me sentir a solidão de ser.

O dia faz-me ser alguém mais luminoso mas sempre com a sensibilidade mais condicionada e retraída. A felicidade vem das coisas simples, está no brilho dos nossos olhos, na suavidade das nossas mãos, nas pequenas rugas entre cortadas da nossa face, no silêncio do sorriso, na sonoridade de um riso simples de alegria. O estar bem é algo que não precisa de ser escrito, sofrido e sim sentido, vivido e demonstrado.

Ainda assim, se quisermos, podemos tentar escrever porque estamos nós felizes... será pelo céu azul? Será pelo sol que nos aquece e ilumina?

Eu escrevo porque tudo é susceptível de ser escrito, basta querer escrever.

Hoje não me sinto triste e ainda assim escrevo... porque quero.