4 de janeiro de 2007

A Casa do Lago

Paredes de vidro
Transparecem o esplendor do rio mudo…

Cisnes Cintilantes

Desenham com um toque de veludo

E o sol…

Esse… traz luz, vida…

E enche o coração de vontade de viver

De vontade de sorrir

E talvez até vontade de sofrer

Porque sofrer nem sempre só trás dor…

Sofrer dá sabedoria…

O sofrimento é a sabedoria dos simples

Que muito lutam para ser felizes

Mas que nem sempre conseguem

Conformados…

Suspensa sobre a água

Rodeada por tudo o que é Natureza

Vive suspensa num espaço isolado

Tão repleto de nada.

Um nada que é tudo

Para quem pouco anseia…

Nada mais que nada

Satisfaz qualquer ser do nada

Para quê querer ter tudo

Se não se sabe viver sem nada…

Ilusão…

Essa Casa do Lago

Onde idilicamente vivo

É o meu espaço impossível

Onde o meu espírito sabe viver

Nessa casa do lago

Vive o Eu que não suporta a realidade

A frieza dos humanos

A incompreensão dos racionais

E a ignorância de quem não quer ver

O ser verdadeiro Ser.

12 de Novembro de 2006

(Baseado no filme The Lake House)

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